Relatório da ONU revela que uma em cada 67 pessoas no planeta é refugiada; Sudão, Síria e Afeganistão concentram maior parte dos casos
O mundo registrou um recorde de 123,2 milhões de pessoas deslocadas à força até o final de 2024, segundo relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) divulgado nesta sexta-feira (13). O número representa um aumento de 7 milhões (6%) em relação a 2023, impulsionado por conflitos, perseguições e violações de direitos humanos. A proporção atual é de um refugiado para cada 67 habitantes do planeta, com destaque para sudaneses (14,3 milhões), sírios (13,5 milhões), afegãos (10,3 milhões) e ucranianos (8,8 milhões), que juntos respondem por mais de um terço do total.
Países de baixa e média renda acolheram 73% dos refugiados, enquanto nações vizinhas às zonas de conflito receberam 67% dos deslocados. O Líbano lidera o ranking proporcional, com um refugiado para cada oito habitantes, seguido por Aruba (1:9) e Chade (1:16). Já os Estados Unidos registraram o maior número de solicitações individuais de asilo (729,1 mil), à frente de Egito e Alemanha. O relatório também alerta que crianças representam 40% do total de deslocados, evidenciando o impacto humanitário prolongado das crises globais. Os dados reforçam a necessidade de cooperação internacional para lidar com o fluxo migratório, que segue em crescimento.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil